O COFEM REPUDIA A EXTINÇÃO DO IBRAM
“O principal mérito do trabalho coletivo/colaborativo reside no fato de que o resultado ultrapassa em muito a soma do que cada um é capaz de produzir individualmente.”
Dia 02 de setembro de 2018 – O Museu Nacional e seu rico e insubstituível patrimônio nacional/mundial destruído impiedosamente por um incêndio que chocou o Brasil e o mundo.
Dia 11 de setembro de 2018 – O Governo Federal, a partir de uma “construção anônima”, publica a Medida Provisória 850 destruindo impiedosamente a Política Nacional de Museus tão cara para a cultura, a história e o patrimônio brasileiro, chocando a comunidade cultural do Brasil.
O Governo institui pela MP 850, de um dia para outro, a Agência Brasileira de Museus – ABRAM, estabelecendo em seu “Art. 20. O Poder Executivo Federal fica autorizado a promover, a partir da data de instituição da Abram, a extinção do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, criado pela Lei nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009”.
Que desproporção, enquanto o Plano Nacional de Cultura foi construído a “quatro mãos” envolvendo as comunidades brasileiras – de norte a sul, de leste a oeste – e, a partir desta mobilização, foi criada uma Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, com quase 400 integrantes aprovou, por unanimidade, nas duas Casas do Congresso Nacional, o projeto de lei que criou o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram (Lei nº11.906, de 20 de janeiro de 2009).
E AGORA ????
“Criadas” e Publicadas da forma como foram, as MPs 850 e 851 revelam o desrespeito do Governo Federal e do Ministério da Cultura para com as instituições museológicas, o patrimônio histórico e cultural do povo brasileiro e de todos os trabalhadores de museus, especialmente os museólogos, que lutam dia a dia para a preservação da memória nacional.